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Formação superior em Jornalismo

Opinião | Terça-feira, 08 de Março de 2011 - 22h15 | Autor: Gerson Luiz Martins
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Um novo semestre letivo se inicia nas universidades locais. Um período de esperanças, novidades, desafios, uma aposta no futuro de muitos jovens. A universidade é uma nova vida para muitos. O processo de aprendizagem começa a ser autônomo. Há uma relação diferenciada entre professores e alunos se comparada ao ensino médio. A partir de agora cada um fará sua caminhada, assumira suas opções de forma independente. O universo do conhecimento esta à frente, não importa se a faculdade é boa ou ruim, se os professores, técnicos e orientadores são os melhores ou os menos ruins, o conhecimento e o domínio da técnica desafia cada dia dessa nova etapa de formação intelectual, que ultrapassa a qualificação técnica. Começamos a fazer Ciência e a contribuir para o desenvolvimento da sociedade e de uma atividade profissional.

A qualificação profissional em Jornalismo é complexa, o jornalismo exige conhecimento em sociologia, psicologia, filosofia, política, economia. Outras áreas profissionais se concentram na formação técnica. Essa complexidade provoca uma características na formação dos futuros jornalistas que não se comparar as outras áreas, outras profissões. A independência, a busca, a pesquisa, as opções são atitudes peremptórias para o estudante de jornalismo. Embora as ações, tarefas da formação, o cotidiano dos estudos sejam coletivos, é no individual que a qualificação acontece. Para isso é necessária uma atitude madura. Poderia se dizer que o estudante de jornalismo amadurece mais rápido que outros, mesmo que suas atitudes pareçam imaturas e lúdicas. A tarefa do estudante deve ser, primeiramente, se aprofundar nos estudos, realizar buscas e pesquisas aprofundadas nos mais diversos banco de dados disponíveis. Leitura é característica fundamental. A leitura também de revistas de informação semanal ou mensal, jornais impressos se tornou condição obrigatória para a qualificação. Acompanhar, conhecer as notícias, conhecer o universo da política, da economia, da sociedade é imperativo ao estudante de jornalismo. O estudante de jornalismo deve, obrigatoriamente, conhecer, por exemplo, todos os políticos, partidos e projetos existentes ou propostos.

Os avanços tecnológicos confirmam a necessidade do jornalismo, esses avanços exigem que o estudante de jornalismo domine esses conhecimentos. O fato de que será necessário, em sua vida profissional, pautar, entrevistar, gravar, editar som e imagem, administrar linguagens da informática exige que se dedique a uma formação multidisciplinar, multifacetada, busque conhecimentos técnicos e científicos em outros cursos universitários. Pode se dizer que o estudante de jornalismo deve se caracterizar com estudante universitário, não no sentido daquele que frequenta ou participa de uma universidade, mas no sentido daquele que conhece um pouco, ou muito, das muitas áreas profissionais e da ciência.

Os avanços tecnológicos no jornalismo, na formação do jornalista implicam relações diferentes, não necessariamente novas relações. O jornalista é um produtor de informações, tão necessária na sociedade contemporânea onde há uma profusão de conteúdos, de produtores de informação e portanto a necessidade de ordenar. A sociedade, diante de milhares de dados todos os dias, fica sem saber o que fazer com tanto conteúdo, dedica credibilidade a muitos fatos extraordinários, simplesmente porque não tem possibilidade de organizar as informações que recebe. O papel do jornalista, portanto, nunca foi tão necessário. Mas para que o jornalista possa fazer o gerenciamento, a classificação dessas informações necessita conhecer todo esse universo, sob pena de também se tornar um refém da avalanche de dados que a internet produz cotidianamente.

Todo aquele que pretende ser um jornalista profissional, na acepção plena da palavra, deverá realizar uma formação universitária em curso específico de jornalismo que esteja organizado para disciplinas específicas desde o primeiro momento do curso e ainda tenha uma boa distribuição e oferta de disciplinas inerentes à formação em ciências da comunicação e ciências humanas. Não deve estar concentrado apenas na técnica do jornalismo e tampouco pouco exacerbado na área de comunicação. Afinal, o profissional a ser formado será um JORNALISTA e não um “comunicador social”, ou coisa que o valha. Embora a expressão não seja comum, o “comunicólogo” é todo estudioso de comunicação e, portanto, também o são os publicitários e demais profissionais da área. Importante lembrar que há uma diferença muito forte no perfil profissional e no perfil laboral do jornalista e dos demais “comunicólogos”.


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