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Cartografia da Pesquisa em Ciberjornalismo

Opinião | Quinta-feira, 03 de Fevereiro de 2011 - 09h17 | Autor: Gerson Luiz Martins
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A pesquisa em ciberjornalismo no Brasil está consolidada. Há dezenas de pesquisadores e pelo menos uma dezena de grupos de pesquisa registrados no CNPq. O primeiro foco da pesquisa em Ciberjornalismo está consolidado no Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online (GJOL) da Universidade Federal da Bahia, coordenado pelo professor Dr. Marcos Palácios. A partir do GJOL, e em atividade de forma satélite, existem os Grupo de Pesquisa em Ciberjornalismo da UFMS; Convergência em Jornalismo da UFSM, coordenador por Luciana Mielniczuk; Laboratório de Pesquisa Aplicada em Jornalismo Digital na UFSC, coordenado por Elias Machado; Centro de Estudos de Cibercultura e Comunicação em Meios Digitais da UFF, coordenado por Suzana Barbosa; Jornalismo Século XXI da UTP, coordenado por Claudia Quadros; Convergência e Jornalismo também da UFSM, coordenado por Débora Lopez; além disso estão registrados no CNPq Comunicação e Redes Hipermidiáticas da PUC Minas, coordenado por Geane Alzamora; Grupo de Pesquisa em Comunicação, Jornalismo e Mídias Digitais na USP, coordenado por Beth Saad; Comunicação no Ambiente Digital, coordenado por Ana Paula Velho; Jornalismo Digital na UEPG, coordenado por Maria Lúcia Becker; Mídia Digital Móvel na UFES, coordenado por Maria Dalva Ramaldes; Hipermídia e Linguagem, também na UFSC, coordenado por Raquel Longhi; Jornalismo e Multimídia na UFT, coordenado por Liana Rocha e o Grupo de Pesquisa Mudanças estruturais no jornalismo da UnB, coordenado por Zelia Adghirni.

Em todos os grupos atuam pesquisadores consolidados, ou seja, que possuem uma longa trajetória de pesquisa no campo. Esse grupos ainda contemplam a participação de inúmeros pesquisadores emergentes. No caso do CIBERJOR-UFMS, atuam os pesquisadores Thaísa Bueno e Lucas Reino, ambos na UFMA; Inara Silva da UCDB; Kárita Francisco em estudos de doutorado em Portugal; David Trigueiro da UFMS e a neo-jornalista Catarine Sturza, além da estudante de jornalismo, também da UFMS, Amanda Leal. Esta relação representa, significativamente, um grupo de pesquisadores objetivados nas análises do estado da arte do campo e no desenvolvimento da atividade profissional.

Os diversos Grupos de Pesquisa estabelecidos também promovem diferentes enfoques nos objetos de pesquisa. Não há possibilidade, neste espaço limitado, para descrever os perfis de cada grupo, o que pode ser verificada nas páginas da internet próprias ou ainda no Diretório dos Grupos de Pesquisa no portal do CNPq. O que é importante destacar se trata da quantidade, e não menos da qualidade, de trabalhos científicos produzidos por todos esses pesquisadores.

A pesquisa em ciberjornalismo ocorre, no Brasil, desde 1995 no Grupo GJOL (UFBA), concomitantemente à implantação da world wide web e o marco histórico da versão digital do Jornal do Brasil. O campo de pesquisa e profissional se desenvolve em progressão geométrica e se constitui na maior e melhor perspectiva de atuação profissional para os novos jornalistas. De outro lado, paradigmaticamente, não se observa o mesmo interesse e perspectiva entre os estudantes de jornalismo. Em pesquisa recente produzida pela jornalista Catarine Sturza na UFMS, se constatou que a expectativa profissional dos estudantes, em Mato Grosso do Sul, é ainda pelo telejornalismo, em primeiro lugar, e pelo jornalismo impresso em seguida; o ciberjornalismo, apesar de haver mais de 150 portais jornalísticos no estado, ocupa o terceiro lugar; a perspectiva de atuação em radiojornalismo é pequena, pois há pouco espaço para radiojornal nas emissoras.

Os trabalhos produzidos pelos pesquisadores é respaldado pela aplicabilidade das pesquisas. Os formatos, diagramação, interfaces, sistemas de publicação, recursos tecnológicos utilizados nos portais jornalísticos são decorrentes do acumulo produzido pelos trabalhos dos Grupos.

Não obstante a isso, o fomento para os projeto ainda é muito reduzido. Embora aja iniciativas pontuais, o apoio das empresas jornalísticas é inócuo. Novamente, neste país, a pesquisa acontece somente na universidades públicas. Essa situação começa a mudar. Notícia publicada recentemente informou que o dono da Editora Abril, semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos, vai promover projetos de apoio financeiro para as pesquisas na área de comunicação, em especial no campo do jornalismo. Infelizmente é, ainda, uma única iniciativa. A principal empresa de comunicação do país, Globo, não possui e nem tem planos para apoiar a pesquisa científica produzida nas universidades.


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