Curriculo | Curriculo Lattes | Contato

Twitter FaceBook RSS Flickr
buscar

Artigo Jornal

A imaturidade no uso da internet e o cibercrime

Opinião | Sexta-feira, 30 de Julho de 2010 - 16h44 | Autor: Gerson Luiz Martins
  • RSS
  • Imprimir
  • texto -
  • texto -
O avanço da internet, principalmente por meio das redes sociais, coloca no cotidiano de jovens e adolescente, também adultos uma utilização praticamente contínua diariamente. Jovens e adolescente estão quase 12 horas diárias na frente do computador, seja no conforto de suas casas, seja nas chamadas lan houses. E nesse tempo todo, a exceção dos jogos, ainda muito frequente, principalmente nas lan houses, essas pessoas ficam o tempo todo nas redes sociais, ou seja, no orkut, no facebook, twitter, msn, entre outros. Por esses mecanismos, mantêm suas redes de relacionamento, contatos com os amigos, combinam saídas, festas, passeios, deveres escolares, entre os principais usos das redes sociais.

No uso dessas facilidades, também promovem reuniões e verdadeiras campanhas em favor ou contra este ou aquele tema. Infelizmente e de forma frequente esses mesmos usuários utilizam desses mecanismos, dessas facilidades para prejudicar pessoas ou instituições. Algumas vezes sob o anonimato que a internet oferece, seja por meio de pessoas (perfis) falsos, seja no anonimato puro. Uma das tragédias desse hábito está relacionado às perversões sexuais ou disseminar calúnia e difamação às pessoas ou colegas de escola ou do trabalho. O anonimato (ou o perfil falso) dá “poder” aos jovens. Como quem diz: “posso massacrar algum desafeto (para não ter que utilizar outra palavra) e acabar com a sua moral (também para não usar outra palavra que o objetivo desta coluna não permite)”. A ofensa moral se aplica em qualquer circunstância, não somente sexual como muitos podem considerar. E não há limites para essas ofensas.

O sistema utilizado pelo “twitter” permite que facilmente isso aconteça. O usuário do twitter se identifica por seu nome, real ou apelido, precedido do sinal de arrouba (@), como exemplo, de forma fictícia, @josedasilva. Essa identidade pode ser utilizada por qualquer um que publique informações no sistema. Na estrutura dessa rede social – twitter – é usual se repetir, difundir mensagens que tenham o mesmo interesse do usuário. Assim, se adotou a sigla RT – retransmitir – para repassar informações de outro usuários à sua rede de relacionamento. Como não há controle sobre essa possibilidade, é possível que um usuário propague informações, mensagens de um usuário que não expressou tais dados. Explica-se melhor: pode-se veicular uma informação falsa ou caluniosa e atribuir essa mensagem à alguém que o usuário não goste. Assim, o @josedasilva poderá escrever uma mensagem: RT @mariadasilva “tenho em minha casa uma rede de prostituição”. A usuária @mariadasilva jamais publicou essa informação, mas o usuário @josedasilva publicou com se ela tivesse registrado essa mensagem em seu twitter!

A recomendação dos especialistas em cibercrimes é que os sujeitos das ações caluniosas imprimam as páginas de orkut, msn, twitter, facebook e outros , e transformem em documentos que se tornam provas em qualquer processo jurídico. O passo seguinte é registrar Boletim de Ocorrência, no caso de Mato Grosso do Sul que não possui ainda uma delegacia especializada em cibercrimes, o registro pode ser realizado em qualquer delegacia. No Brasil, por enquanto, somente os estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal possuem delegacias especializadas em crimes cibernéticos. Em Campo Grande, o Departamento de Polícia Civil mantém um delegado qualificado, ou seja, com formação especializada para atender e administrar os processos nessa área. Segundo o delegado do Núcleo de Combate aos Cibercrimes do Paraná, Demétrius Gonzaga de Oliveira “É preciso ser rápido e salvar o material antes que a pessoa retire do ar. O ideal é imprimir a prova e levar até um cartório para lavrar uma ata notarial, que comprova a veracidade do documento”.

O uso da internet para promover ofensas, calúnias, difamação às pessoas pelas quais outros têm motivos qualificados ou não para isso, é um sinal, como respaldam alguns estudiosos, de covardia, pois a ofensa é realizada de forma indireta, sem, muitas vezes, que o ofendido tenha conhecimento do fato. A campanha recente do CALA BOCA GALVÃO não se caracteriza dessa forma, pois foi uma mensagem direta ao locutor da TV Globo, explicita até mesmo por uma faixa num dos jogos da Copa 2010. O locutor da Globo, de forma muito sábia, participou da Campanha. Não houve, neste caso, qualquer intensão de ofender a moral do sujeito da campanha, fato que não ocorre quando se usa das redes sociais para esse fim.


imprimir voltar




Veja também




Envie seu comentário


Atenção! Não será publicado recados ofensivos, obscenos, que vão contra a lei, que não tenham o remetente identificado.





(C) 2010, Prof. Dr. Gerson Luiz Martins - Todos os direitos reservados
jornalista@gersonmartins.jor.br - Portal Desenvolvido por (M)