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O avanço do jornalismo na internet

Opinião | Sexta-feira, 02 de Julho de 2010 - 10h21 | Autor: Gerson Luiz Martins
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O desenvolvimento do jornalismo nos últimos anos não se compara a qualquer outra época. Esse desenvolvimento passa por todos os suportes, seja os mais antigos, como o jornalismo impresso, aos mais contemporâneos como o ciberjornalismo. No jornalismo impresso experimentamos novos formatos, novas medidas de papel, nova diagramação. Experimente visualizar um jornal de 1990 e um jornal atual, perceberá facilmente as diferenças. Jornais impressos costumam aprimorar seu leiaute, sua configuração e seu visual. Estão sempre renovando formatos de títulos, modos de publicar as fotografias, as fontes de títulos e textos.

Esse processo é natural e decorrente de uma cultura cada vez mais visual, imposta pelos meios eletrônicos de comunicação, principalmente pela televisão e o cinema. No jornalismo de televisão acontece a mesma coisa, cenários, formatos de apresentação das notícias, bancadas de apresentação, vinhetas, caracteres que aparecem no vídeo, formatos de telerreportagens, entre outros. No radiojornalismo os avanços são menos percebidos, mas não deixam de existir, seja na forma de locução, seja na inclusão de músicas entre as notícias, seja no ritmo de apresentação das notícias.

Em Campo Grande, um radiojornal tem alcançado audiência por meio de uma apresentação das notícias de forma mais descontraída, sem seguir o exemplo do telejornal que sempre mais formal. O rádio oferece mais liberdade aos apresentadores, aos jornalistas. O Primeira Notícia tem se destacado nesse aspecto. Os apresentadores imprimiram um diálogo descontraído entre eles e com o público, que tornou mais atrativo ouvir o noticiário no rádio, fato que hoje poucos têm “paciência”. No jornalismo produzido na internet essa evolução é muito mais significativa. Se no passado jornalistas, professores, pesquisadores, sociólogos, antropólogos, historiadores e tantos outros cientistas se dedicaram ao estudo do radiojornalismo, do telejornalismo, do jornalismo impresso, hoje há muitos cientistas dedicados ao estudo do ciberjornalismo.

O Brasil é considerado, na área científico mundial, como um dos principais centros de pesquisa nesta área. Há Grupos de Pesquisa, certificados pelo CNPq, na UFBA, o mais antigo deles, realiza pesquisas desde 1994. Em 2010 somam mais de seis Grupos, localizados na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e outros locais de forma mais incipiente. Esse avanço está na proporção, no desenvolvimento direto das tecnologias de comunicação. Nos últimos anos, o crescimento acontece devido ao desenvolvimento dos telefones celulares, os chamados smartphones. O principal deles, o iPhone da Apple, permite que os usuários recebam notícias 24 horas por dia, em condições de visibilidade e leitura muito confortável. Os principais jornais em todo mundo desenvolvem aplicativos, programas para facilitar o acesso às notícias por meio dos celulares.

No Brasil, o Estado de S.Paulo e o O Globo, entre os jornais impressos, e a CBN, entre as emissoras de rádio, além de vários outros jornais de forma mais incipiente, disponibilizaram esses aplicativos, seja para o telefone da Apple, seja para outros celulares.

Num Seminário Internacional de Jornalismo Online, realizado em São Paulo no último dia 29 de maio, que reuniu dezenas de jornalistas e foi promovido pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas, dirigido pelo jornalista Rosental Calmon Alves, ficou evidenciado a nova face do jornalismo, especialmente do ciberjornalismo veiculado por meio dos celulares. Talvez em Campo Grande não se possa perceber essa realidade, pois a maior números de aparelhos ainda está restrito a equipamentos convencionais, sem acesso à internet e, portanto, sem acesso ao noticiário, na melhor das situações, somente com acesso ao serviço de mensagens. Entre os principais jornalistas presentes no Seminário, entre eles Pedro Dório do Estadão, Ângela Pimenta da revista Exame, Tereza Rangel do UOL, Rubens Almeida do IG, Ricardo Feltrin da Folha.com, Alberto Cairo da revista Época; e ainda os jornalistas estrangeiros Andrei Scheinkman do New York Times, Mário Tascon do La Información da Espanha, Paulo Brannan da BBC e Katie King portal MSN da Inglaterra está mais do que evidente o futuro do jornalismo e o uso de tecnologias móveis para oferecer o serviço de notícias ao cidadão. O ciberjornalismo e o ciberjornalismo móvel se configuram e se consolidam como o “boom” do jornalismo para as próximas décadas.


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