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Internet móvel e o futuro do jornal

Opinião | Domingo, 11 de Julho de 2010 - 23h57 | Autor: Gerson Luiz Martins
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O advento de novos aparelhos que possibilitam acesso à internet sem ficar preso a rede elétrica ou de telefone impõe novas perspectivas para o jornalismo. É fato o crescimento do consumo de notícias por meio dos computadores conectados à internet. O Ciberjornalismo, como é chamado a veiculação de notícias produzidas e difundidas pela internet, teve um crescimento significativo na última década. Essa situação se contrapõe a queda de tiragem dos jornais impressos.

A internet se tornou o grande meio de difusão de notícias. Embora que ainda no Brasil apenas 15% tenham acesso à internet, mesmo com a popularização dos computadores e notebooks, vendidos em supermercado com preços e condições de pagamento mais acessíveis, esse número é muito reduzido em comparação com os países da Europa ou o Estados Unidos. Para se ter uma noção desse quadro, apenas cinco em cada 100 brasileiros que têm acesso à internet, possuem acesso via banda larga.

Não obstante a tudo isso, se comparado à leitura dos jornais impressos, a internet é maior meio de difusão de notícias. Nas empresas, nas universidades milhares de pessoas leem notícias diariamente na tela do computador. Esse meio de difusão das notícias ganhou mais um aliado. O crescimento na venda dos chamados “smartphones” tem contribuído de forma significativa para o avanço do jornalismo, da difusão de notícias por meio dos celulares.

Aparelhos com o iPhone da Apple proporcionam condições para ler notícias a cada instante, principalmente se o aparelho tem tecnologia 3G que favorece o acesso à internet em melhores condições se comparado a rede comum, denominada Edge. Embora o público consumidor das notícias seja pequeno, somente àqueles que possuem celulares mais sofisticados, é notório o crescimento da oferta de notícias pelos telefones e o aumento na oferta de dispositivos ou aplicativos (programas/softwares) produzidos pelas empresas jornalísticas.

Na Europa e Estados Unidos, assim como no Japão é muito comum os celulares terem acesso a mais de uma dezena desses dispositivos. E o Brasil não fica muito atrás. Em recente evento organizado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas e pela Faculdade Cásper Líbero sobre Jornalismo online, também conhecido como Ciberjornalismo, se confirmou a perspectiva de várias empresas jornalísticas, como Folha de S.Paulo, O Estadão, Editora Abril, O Globo produzirem aplicativos que facilitem o acesso ao noticiário pelo celular. Funciona assim. O usuário de um celular tipo smartphone instala o aplicativo, do Estadão por exemplo, e a qualquer hora, em qualquer lugar, desde que tenha acesso a rede 3G, consegue ler as notícias mais recentes ou a edição do dia daquele jornal.

Não há mais tempo disponível para folhear o jornal, não há mais local apropriado para isso. O jornal impresso demanda tempo, local, pois não se pode abrir as página de um jornal formato standard, no padrão do jornal O Estado MS, em qualquer momento, em qualquer lugar. Nesse momento, o acesso pelo celular é mais prático, rápido e, uma das vantagens, o usuário lê as notícias mais recentes, aquilo que ocorreu há uma, duas horas, talvez há alguns minutos. De outro lado, também os profissionais do jornalismo têm, no celular smartphone, um aliado na produção das notícias. Pelo celular o jornalista pode fazer a foto da matéria, escrever e editar o texto e enviar para a redação do jornal que publica, na internet, em seguida; ou ainda ele próprio poderá publicar essa notícia na internet diretamente, no portal da empresa jornalística.

O furo jornalístico nunca esteve tão próximo do repórter e ao mesmo tempo nunca esteve tão distante. Se este diante do fato noticiável, pode produzir a informação no mesmo instante. E no mesmo instante difundir para seus leitores. Essa realidade ainda não está muito presente em Campo Grande, mas faz parte do cotidiano de jornalistas nos grandes centros.

A evolução tecnológica dos aparelhos de celular proporciona ferramentas que transformam o jornalismo dia após dia. Em recente lançamento de nova versão do celular iPhone, a Apple deu mais um salto nesse aspecto. Os novos aparelhos gravam vídeos em HD, em alta definição. Esse recurso melhora sensivelmente a qualidade das imagens que os jornalistas publicam na internet.

No processo de apuração jornalística, o celular não serve mais apenas para fazer uma entrevista, como muitas vezes ouvimos nos radiojornais. O jornalista pelo celular pode fazer a foto, gravar o vídeo e ainda escrever o texto da notícia que será publicada no jornal impresso do dia seguinte ou no portal de notícias nos próximos minutos.


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