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A internet das redes sociais e de vestir

Opinião | Quinta-feira, 04 de Agosto de 2016 - 15h33 |
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Recentemente foi publicado nesta página um artigo de autoria de .... que fez uma reflexão muito otimista sobre o uso da internet no Brasil, seja por meio da banda larga ou por meio da conexão via rede de telefonia, 3G ou 4G. Como pesquisador de tecnologia, há algum tempo, havia um otimismo em relação ao crescimento do acesso a internet no Brasil, a visualização de centenas de pessoas com algum modelo de smartphone nas mãos, a observação de outros, das mais diferentes idades e, principalmente da geração dos 60 e 70 anos mostravam um quadro de crescimento e de acesso geral e facilitado para a tecnologia e para a internet. Ou seja, um quadro muito otimista no que diz respeito a difusão e uso da tecnologia da internet, principalmente associada aos smartphones ou telefones inteligentes.

Dois fatores foram, e são, preponderantes nessa avaliação, de um lado o uso amplo dos telefones inteligentes pelos mais jovens, com aquisição, de baixo custo dos aparelhos de boa capacidade de manipulação da internet. De outro lado, pelos mais maduros, população na faixa dos 60 a 80 anos, para os quais a manipulação desses aparelhos ainda é um nova e inusitada experiência.

No entanto, o quadro não é tão otimista assim, mesmo com um crescimento elevado no uso dos smartphones pela população em geral e em especial pelos dois grupos apontados anteriormente, no Brasil, mesmo no que diz respeito às dezenas de pesquisas que aponta o país como um dos que têm um crescimento forte no uso dessas tecnologias, se compararmos com a massa populacional do país, o percentual que usa a internet e que tem acesso aos aparelhos de celulares inteligentes ainda é reduzida, muito menos de 50% do total da população, enquanto nos países em desenvolvimento, comparado ao Brasil, o uso é bem superior.

A indústria eletrônica de um modo geral está altamente satisfeita com o volume de vendas de seus dispositivos eletrônicos, mesmo com a tão declarada crise econômica do país. As empresas de telefonia também estão extasiantes, pois comercializam planos de telefonia e acesso a internet, a preços exorbitantes, na casa de milhares a cada minuto. Por detrás das cortinas essa realidade poderia ser outra se os preços praticados pelas operadoras fossem mais realistas e não houvesse essa ganância imensa pelo lucro exacerbado. Também se as operadoras oferecessem serviços de qualidade com um tráfego de maior capacidade e fluidez. Do outro lado, a indústria eletrônica fez a lição de casa, consegue a cada ano reduzir os preços dos aparelhos, mesmo com a desvalorização alta da moeda. Na indústria eletrônica existe concorrência. Entre as empresas de telefonia não, porque cada empresa, seja Vivo, Oi, Tim, Claro pertencem à mesma matriz empresarial. A concorrência é falsa, apenas jogo mercadológico. Em outras palavras, as operados de telefonia, que fornecem serviços de internet têm lucros exorbitantes mesmo

com uma pequena carteira de clientes. Essa realidade coloca o Brasil entre os países em que a população tem acesso restrito à internet, às tecnologias de comunicação e informação.

Jornalista e pesquisador do PPGCOM e Ciberjor UFMS
gerson.martins@ufms.br


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