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A leitura de notícias no mundo 2.0

Opinião | Quinta-feira, 04 de Agosto de 2016 - 15h36 | Autor: Gerson Luiz Martins
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Os modos de acesso e a leitura de notícias mudaram rapidamente nos últimos anos. A geração de leitores do jornal impresso, na casa dos 60 a 70 anos, em breve não vai mais comprar o jornal na banca, tampouco fará ou renovará sua assinatura. A geração dos 40 a 50 anos acessa a maior parte das informações pela web e pelos dispositivos móveis, como celulares e tablets. São raras as pessoas desta geração que faz a leitura em jornal impresso. A geração dos 30 anos consome muito pouco jornalismo, notícias e quando o faz também busca no ambiente web, na internet e nos dispositivos móveis. No entanto, a geração dos 20 anos consome mais informações, mais notícias que sua predecessora. E estes estão totalmente vinculados aos dispositivos móveis, via redes sociais. Esta geração consome notícias nos celulares por meio do Facebook, do Snapchat, do Whatsapp e Twitter, além de outras aplicativos que possam aparecer no futuro muito breve.

Desta forma, a nova maneira de distribuir notícias não será por meio da “venda” de jornais ou que o leitor busque o seu exemplar na banca ou busque o acesso no computador. Com os celulares e as mídias sociais, as notícias chegam até a pessoa. De acordo com Giovana Mesquita (2015), em artigo publicado na revista Ancora da UFPB, “Reflexões sobre novos papéis da audiência no jornalismo pós web 2.0”, “de periódica, a informação jornalística passou a ser onipresente. De um sistema “pull”, no qual o consumidor busca a notícia, caminha-se para um sistema “push”, onde as notícias buscam os consumidores, que além de eleger o que querem, decidem ainda como, quando e onde”.

De sua parte os cibermeios, muito mais do que o jornalismo impresso ou de TV, não estão adequados, preparados para esta realidade. Os profissionais e também as empresas ainda se sentem os “donos da verdade” e publicam aquilo que os interesses institucionais e econômicos determinam, quando não veiculam fatos espetacularizados e fazem, do cotidiano do cidadão, um show, um circo dos horrores bem caracterizados pelos pseudos-programas jornalísticos, como se autodenominam, as produções matutinas ou vespertinas das emissoras de TV.

A realidade do consumo de mídia muda rapidamente. Mesmo as populações mais periféricas, com o barateamento dos celulares inteligentes, os smartphones, permutam a forma de acesso às informações e ao entretenimento. Se os cibermeios, principalmente, os jornais impressos e as emissoras de TV não se atentarem para esta nova realidade, cairão num buraco sem fundo do ostracismo e da falência. É preciso que os cibermeios, o jornalismo impresso e as emissoras de TV se reinventem.

Giovana Mesquita, no mesmo artigo, ainda reforça que o “consumo individual, contínuo, móvel e global obriga aos antigos emissores a buscar novas formas de transmitir a

informação para uma audiência heterogênea, ao mesmo tempo local e global, dispersa geograficamente e cujos interesses podem mudar em função de variáveis desconhecidas do emissor”.

As empresas jornalísticas devem estar preparadas para fornecer informação na “bandeja”, mas não aquilo que elas acham que o público quer saber, mas de fato aquilo que o público deseja e, principalmente, que esta informação não seja superficial. Deve ser bem apurada e suprir o público nas suas expectativas e interesses de informação.

São as empresas de comunicação que estão seguindo as pessoas e não o contrário.

Jornalista e pesquisador do Ciberjor e PPGCOM/UFMS
gerson.martins@ufms.br


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