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O dilema da vias pavimentadas em Campo Grande

Opinião | Sábado, 22 de Maio de 2010 - 22h55 | Autor: Gerson Luiz Martins
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 As reflexões sobre o jornalismo vão ficar um pouco de lado para que se possa escrever sobre Campo Grande e algumas de suas mazelas, numa cidade considerada generosa no que diz respeito à estrutura viária urbana. E que as autoridades municipais possam dar atenção, em algum momento para este assunto. Andar, caminhar, transitar ou seja que verbo de ação for realizado pelas ruas de Campo Grande é um exercício que deve ser feito com muito cuidado.

A maioria das ruas se encontram em péssimo estado de conservação e, quando muito, como uma verdadeira colcha de retalhes. E aí quem sofre são os motoristas, ou melhor, se pudessem falar, os veículos. A demanda de reparos na suspensão dos veículos cresce a cada dia. Segundo as principais concessionária da cidade, o aumento do número de problemas relacionados à suspensão dos veículos é alarmante. Explico melhor, andar nas ruas pavimentadas da principais vias é pior ou igual a transitar pelas estradas de terra do estado.

A prática do remendo nos buracos do pavimento provocado pelas chuvas transformou as vias numa verdadeira colcha de retalhos. E os exemplos são do conhecimento de todos. Verifiquem a av. Bandeirantes, uma das que apresenta pior situação, Julio de Castilho, Calógeras e até a própria Afonso Pena. Os motoristas lesados por essa situação deveriam promover, na justiça, ações indenizatórias. Umas das situações das mais complicadas está no trecho inicial da Afonso Pena, todos os turistas que chegam a Campo Grande pelo aeroporto têm uma péssima visão da cidade, tal o estado das ruas e avenidas. Sem dúvida, é lamentável que o poder público municipal, há muitos anos, mantém essa situação.

Toda vez que o pavimento tem buracos, o serviço é simplesmente tapar o buraco e, literalmente, jogar a lama asfáltica que não recebe qualquer sedimentação. Os veículos dos motoristas quando trafegam pelas vias que receberam esse tipo de conserto, carregam na sua estrutura toda a lama asfáltica jogada no buraco, não há compactação do asfalto. Resultado, as vias se tornam colcha de retalhos que prejudicam pedestres, motoristas e coloca em risco a vida das pessoas. Há certeza, entre todos os cidadãos, principalmente motoristas dessa situação e do péssimo serviço prestado pelo pode público municipal, responsável pela conservação das vias públicas.

De outro lado, o crescimento acentuado da cidade exige investimentos e readequação do planejamento das vias públicas. Com o atual crescimento, a cidade está estrangulada, não há vias expressas. Algumas que forma criadas, nem sempre o foram para atender demanda do fluxo de veículos, mas como resultado da retirada da linha férrea da área urbana. Campo Grande não pode mais funcionar pela Afonso Pena, Mato Grosso, Júlio de Castilho, Bandeiras, Bandeirantes, Zahran ou Ceará, há necessidade urgente de adequar o fluxo e criar vias expressas em várias ruas, como por exemplo Amazonas, Pernambuco, João Pedro de Souza, em ruas paralelas a Júlio de Castilho, Tamandaré, Zahran e Costa e Silva, entre outras. No caso da Amazonas, um dos mais sintomáticos, há um estrangulamento, pois a via se tornou forte opção da Mato Grosso, assim como da Antônio Maria Coelho, devido a ligação de bairros com alta densidade populacional.

O poder público municipal divulgou há alguns meses que várias ruas tiveram o sistema de semáforos sincronizados. Essa não é a realidade. Ficou apenas na publicização. Não há de fato sincronia, que o atestem os motoristas que transitam por essas vias. Esse fato é outro agravante que trava todo fluxo de veículos na zona central, promove um aumento da poluição atmosférica e um aumento do consumo de combustível, prejudica a população, o comércio e as próprias vias. Como se percebe, Campo Grande apesar de ser elogiada por suas ruas largas, o que facilitaria o bom planejamento viário, sofre pelo descaso e ações equivocadas no que diz respeito ao sistema viário urbano.

A situação em que se encontram as vias públicas pavimentadas, com inúmeros remendos, deixa as ruas em pior situação do que as vias sem qualquer pavimentação. E ainda é interessante apontar, no que diz respeito ao planejamento viário, as vias de acesso ou saída da UFMS com todo aparato do viaduto do Morenão e suas alças, algumas delas sem qualquer tráfego. Se houvesse o bom planejamento, o fluxo da av. Costa e Silva não sofreria constantes congestionamentos, além de evitar riscos à vida das pessoas, pedestres e motoristas.

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