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A decadência do shopping II

Opinião | Sábado, 22 de Maio de 2010 - 22h57 | Autor: Gerson Luiz Martins
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 Algum tempo atrás foi publicado, na página de opinião do Correio do Estado, um artigo em que se denunciava as condições da área de estacionamento no fundo do único shopping local, onde dezenas de adolescentes permaneciam por horas, consumiam álcool e um aspirador de fumaça chamado narguilé, sempre em meio a agitação e, muitas vezes, no risco de algum acidente, seja físico entre os adolescentes ou no patrimônio particular dos frequentadores do local.

A questão também foi denunciada pelos telejornais e somente a partir daí o poder público tomou providencias sobre a situação, pois a administração do shopping não se manifestou a respeito. Até hoje o shopping é um dos poucos locais que a população usa para entretenimento e comércio, pois ofereceu um certo conforto, numa cidade que tem a temperatura média anual em 28º C. Depois de mais de 20 anos, foi inaugurado em outubro de 1989, o espaço começa a se deteriorar, seja pelas condições de uso na área do estacionamento próximo da praça de alimentação, seja pela conservação do local. Hoje a praça de alimentação, apesar da reforma realizada em 2006, se encontra deteriorada, suja, mal conservada. Basta que a pessoa visite o espaço num sábado para verificar a sujeira que encontrará no local.

Muitos poderão dizer que a sujeira da praça de alimentação é uma questão cultural e que se as pessoas que frequentam não se conscientizarem da importância de colocar o lixo de suas refeições nos locais determinados para isso, os funcionários de limpeza do local não conseguirão atender a demanda para deixar o local sempre limpo. De fato, isso é uma realidade. Apesar dos inúmeros avisos para colocação dos detritos e dos objetos utilizados na alimentação, como bandejas, copos, latas, papel nos locais apropriados, isso não acontece. A turma da limpeza não consegue atender a toda essa demanda, principalmente nos finais de semana. Então é falta de consciência da população, é cultural? A pergunta é pertinente dado que inúmeros outros locais como esse, noutras cidades brasileiras a limpeza é impecável.

O espaço da praça da alimentação é sempre um local higienizado, limpo, como deve ser sempre um lugar em que as pessoas se alimentam. Uma fotografia do piso da praça de alimentação no último sábado, 17 de abril, mostraria uma realidade cultural, ou não, no mínimo lamentável. Um local em que as pessoas se alimentam deve ser, sempre, e de acordo com as leis e autoridades sanitárias, um local higienizado e limpo.

Parece que as pessoas também não se incomodam com essa situação, até mesmo colaboram , muitas vezes, para piorar a situação. Num ambiente com papéis, copos, canudos, restos de comida, restos de bebida espalhados pelo piso muitos convivem com a situação sem qualquer incomodo. Na realidade, poucos “olham para o chão”. O fato de haver apenas um local de compras e entretenimento, por enquanto, implica nesse desleixo. Numa sociedade capitalista, é importante que haja concorrência. Somente por meio da concorrência produtos, serviços e bens de consumo se tornam cada dia melhores. E, pelo que as informações apontam, essa situação está com seus dias contados.

Um outro centro de compra e lazer deverá estar pronto em dois anos. Uma questão se levanta, decorrente de fatos acontecidos em outros centro urbanos. Com a oferta de um novo centro de compras e lazer, mais novo, mais moderno será que o atual não será relegado “às moscas”? Vejam o caso dos empreendimentos Marrakech e Centro Comercial da antiga rodoviária! Há inúmeros exemplos dessa situação em várias outras cidades. Se, de outro lado, o empreendimento atual se modernizar, promover ações de saúde e higiene, e ainda proporcionar melhor conforto aos usuários, terá chances de sobreviver.

E sem qualquer dúvida, essas ações são condições imprescindíveis para a continuidade do empreendimento, manter as condições mínimas para o cidadão, para que as famílias possam usufruir do espaço seja como local de compras, seja como local de lazer. Um shopping não é apenas um local de compras, os empreendedores sabem disso e por esse motivo promovem periodicamente eventos que possam atrair os consumidores, principalmente por meio do lazer. Sem dúvida, a população de Campo Grande merece mais respeito, e um ambiente com as condições mínimas de higiene, segurança e conforto são requisitos mínimos para atender a demanda e a expectativa de um centro de lazer e de consumo.

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