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Jornalista como profissão e valorização de classe

Opinião | Quinta-feira, 27 de Março de 2014 - 16h25 | Autor: Gerson Luiz Martins
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As principais atividades profissionais no país, se não todas, mas a maioria organiza os profissionais, regulamenta suas atividades e contribui para a valorização por meio dos chamados “conselhos profissionais”. Assim é o Conselho Federal de Administração, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Economia, o Conselho Federal de Psicologia, entre tantos outros.

Um conselho profissional zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, com base nisso, regulamenta e fiscaliza o exercício profissional dos que atuam nas áreas que representa, tendo ainda como referência o respeito ao cidadão e à natureza. Além disso, defende os interesses e apoia as reivindicações da classe; promove o aprimoramento cultural e aperfeiçoamento técnico dos associados; serve à comunidade; viabiliza a realização de cursos de formação e aperfeiçoamento; organiza e promove a realização de congressos, seminários, palestras e conferências, para o debate de questões inerentes às atividades profissionais e em defesa da sociedade. Um conselho profissional serve, antes de tudo, para fiscalizar a profissão e os profissionais e fazer com que a atividade objeto de seu trabalho seja realizada, prioritariamente, para o bem estar da sociedade.

No caso do jornalismo, por enquanto, não existe um conselho profissional. Houve uma tentativa de criação promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas, Fenaj, em 2004, depois de várias tentativas realizadas nos anos anteriores. A proposta foi peremptoriamente engavetada pelo então presidente da Câmara Federal, João Paulo Cunha. Neste momento, o projeto jaz em alguma gaveta do Congresso Nacional.

Os profissionais de jornalismo sem um conselho profissional que defenda e proteja seus interesses, que defenda, no âmbito do jornalismo, os interesses da sociedade estão organizados por meio dos sindicatos, como é o caso, em Mato Grosso do Sul, do Sindicatos dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul, com sede em Campo Grande e do Sindicatos dos Jornalistas Profissionais da Grande Dourados, com sede em Dourados.

Entre os profissionais de jornalismo, o sindicato é o organismo que objetiva promover a profissão, qualificar os profissionais, defender seus interesses profissionais e trabalhistas e ainda zelar pelo exercício ético e responsável do jornalismo perante a população. É nesse aspecto que se pode afirmar que um jornalismo sério, comprometido com a sociedade, ético, responsável somente acontece se houver uma representatividade profissional sólida.

O sindicato profissional é um parceiro das empresas jornalísticas e muito mais ainda da sociedade, pois tem, entre suas finalidades, promover a qualificação dos profissionais filiados, desenvolver a atividade profissional, neste caso o jornalismo e garantir que o trabalho dos profissionais seja respeitado em prol da qualidade do jornalismo, em prol da consolidação democrática da sociedade e em prol do direito de informar e ser informado, preconizado pela Constituição do Brasil. É somente por meio de uma representação profissional forte e consolidada que se consegue promover a qualidade do produto jornalístico e assim, como consequência, o desenvolvimento e o crescimento das empresas jornalísticas. Até que se constitua um Conselho Federal dos Jornalistas, o sindicato é a entidade que promove o desenvolvimento do jornalismo, associado aos cursos universitários de jornalismo.


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