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A deterioração do shopping

Opinião | Sábado, 21 de Março de 2009 - 21h48 | Autor: Prof. Dr. Gerson Luiz Martins
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Numa cidade com a temperatura de Campo Grande, principalmente entre o final do outono, pleno verão e início da primavera, a população clama por espaços refrigerados onde possam fazer suas refeições ou realizar comércio. Um dos locais eleitos pelas pessoas é o shopping, ali tem comércio variado, restaurantes e lanchonetes e, principalmente, é um local refrigerado, fechado, seguro, onde as famílias, jovens, crianças podem circular, passear, é, enfim, um espaço de lazer.

As pessoas não vão ao shopping apenas para comprar ou para comer, vão ao shopping também para lazer. Há muitos anos Campo Grande possui espaço de shopping que proporciona em maior ou menor grau as condições registradas acima. Nestes últimos anos, a oferta desses espaços diminuiu sensivelmente com a falência de algumas administradoras, mas há perspectivas, pois novos espaços estão em obras, que podem oferecer maior diversidade, oferta de produtos e opções de lazer.

No entanto, até que esses novos espaços estejam disponíveis ao público, a população não tem muitas opções, frequentam basicamente um único local. Local que sempre foi sinônimo de segurança, lazer, compras, tranquilidade Essa tranquilidade começa a ser afetada, assim como a segurança. Nos últimos meses se tornou hábito de uma parcela pequena da população frequentar esse espaço como forma intensa de relacionamento social.

Ficou definido e caracterizado o espaço do estacionamento de fundo do shopping como “reservado” a essa população. Nesses últimos meses, o espaço tomou outra característica, se transformou em local para os frequentadores fumar, beber e “degustar” narguilé. Recentemente o local foi palco para comportamentos desqualificados que demandou ação dos seguranças. Esses fatos ficaram rotineiros, principalmente nas sextas-feiras. Famílias, crianças, jovens e idosos evitam o local e muitos deixaram de frequentar o shopping.

A expectativa, na fala dessas pessoas, é que estão na espera da abertura dos novos espaços comerciais em obras. Famílias que antes permitiam a ida de filhos adolescentes para o shopping começam a restringir a saída com receio de serem vitimas indiretamente de algum tipo de violência que acontece no local. Como o local é privado, não é possível a ação da polícia, a segurança é realizada pelos agentes da administradora do shopping, que não conseguem atender de forma adequada, até mesmo porque muitos dos frequentadores do local são “clientes”.

Apesar de ser um espaço de encontro e lazer dos adolescente e jovem, cabe ação administrativa do shopping para organizar o local, proporcionar ações educativas que possam equacionar o problema. Um serviço muito importante ao dispor dessa clientela, a exemplo da maioria dos shoppings no país, é a disponibilidade de internet wireless gratuita para os frequentadores, seja na área de restaurantes e lanchonetes, seja nos corredores.

O serviço de internet sem fio possibilita que muitos usuários possam executar tarefas, trabalhos e é, sem dúvida, um quesito de qualidade do local que promoverá os lojistas e a própria administração. E se algum ato administrativo não for realizado para equacionar o “fumódromo" e o “narguilódromo”, sem dúvida há uma tendência de ampliação do problema que o tornará fora de controle, prejudicial aos transeuntes e clientes, num processo de expulsão das pessoas da praça de alimentação.

Aos pais, cabe monitorar e administrar a participação dos filhos nesse contexto, para evitar qualquer acidente ou procedimentos ilícitos. A sociedade e a administração do shopping não podem ser coniventes com a criação de espaços inadequados para a frequência dos filhos.

Cabe a administração ampliar o espaço físico da praça para que o local se consolide como um momento de lazer para as famílias e que a população não necessite disputar mesas e cadeiras, como ocorre atualmente com muita frequência.

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